Foto: Divulgação/Marinha do Brasil
A Marinha do Brasil realiza hoje, 11 de janeiro, o lançamento do mais recente submarino, o “Humaitá”, que será incorporado ao Setor Operativo da Força Naval. Construído desde 2008, o “Humaitá” é o segundo dos quatro submarinos com propulsão diesel-elétrica planejados no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), da Classe “Riachuelo”, em colaboração com o governo da França. Com 71,6 metros de comprimento, 6,2 metros de diâmetro e capacidade para acomodar uma tripulação de até 35 pessoas (oito oficiais e 27 praças), o submarino representa um avanço significativo em relação aos submarinos da classe Tupi, adquiridos da Alemanha na década de 1980.
Antes do lançamento do “Riachuelo”, a primeira embarcação do PROSUB, o Brasil contava apenas com submarinos da classe Tupi para operações subaquáticas. As novas embarcações apresentam melhor desempenho, com uma profundidade máxima de 300 metros, em comparação com os 270 metros dos submarinos antigos. Além disso, o “Humaitá” possui uma série de características notáveis, incluindo uma capacidade de deslocamento de até 1.710 toneladas na superfície e 1.870 toneladas quando submerso. Sua velocidade máxima atinge cerca de 37 quilômetros por hora, e tem autonomia para permanecer submerso por até cinco dias, graças ao sistema de geração de energia baseado em quatro motores a diesel e quatro geradores.
O submarino está equipado para operações de combate, contando com um avançado sistema de sensores acústicos, radares, guerra eletrônica, eletro-ópticos e óticos. Além disso, carrega armas convencionais, como seis tubos capazes de lançar torpedos, mísseis antinavio e minas. O “Humaitá” é uma adaptação do modelo francês Scorpene, otimizado para a navegação ao longo da extensa costa do Brasil, resultando em uma versão mais longa que proporciona um tempo máximo de operação contínua superior, aumentando de 50 para 70 dias em relação ao modelo original.
Apesar da estreia oficial na frota da Marinha nesta sexta-feira, o “Humaitá” já se encontra em águas brasileiras desde março de 2023. Durante esse período, a embarcação passou por rigorosos testes de imersão dinâmica e imersão em grandes profundidades ao largo da costa do Rio de Janeiro. Esses testes, cruciais para o processo construtivo e o treinamento da tripulação, avaliaram não apenas a capacidade de mergulho seguro, mas também a prontidão operacional da tripulação do submarino.