Na terça-feira (2), a Polícia Científica de Santa Catarina anunciou que os corpos das quatro vítimas encontradas dentro de um veículo BMW, no estacionamento da rodoviária de Balneário Camboriú, foram periciados, identificados e liberados às suas famílias. Thiago de Lima Ribeiro (21 anos), Karla Aparecida dos Santos (19 anos), Gustavo Pereira Silveira Elias (24 anos) e o adolescente Nicolas Kovaleski (16 anos) foram encontrados em parada cardiorespiratória na manhã de segunda-feira (1º). Uma quinta pessoa também estava no veículo, mas sobreviveu. Originários de Paracatu, em Minas Gerais, a Prefeitura Municipal decretou luto oficial em decorrência da tragédia.
A polícia catarinense investiga a principal hipótese de que as mortes tenham sido causadas por intoxicação por monóxido de carbono, um gás altamente tóxico gerado pela combustão do motor e expelido pelo escapamento de veículos automotivos. A suspeita se baseia em uma possível falha mecânica, que teria levado o gás a vazar pelo sistema de ar-condicionado do veículo, causando mal-estar nos ocupantes. A customização mecânica do carro, realizada para aumentar o ruído, está sendo investigada, e não foram encontrados sinais de violência nos corpos. A Divisão de Investigação Criminal de Balneário Camboriú está conduzindo o inquérito.
O delegado Bruno Effori, responsável pela ocorrência, informou que os jovens começaram a sentir mal-estar e enjoo, decidindo permanecer dentro do veículo com o ar-condicionado ligado, sem conhecimento de um possível vazamento de monóxido de carbono. O gás é incolor e inodoro, sendo letal se inalado em grandes quantidades ou por longos períodos em espaços fechados.
A perícia oficial do estado anunciou que os exames periciais no veículo e a análise dos corpos serão concluídos e apresentados nos próximos dias. O primeiro atendimento foi realizado pelo Samu, que retirou os jovens do carro já sem sinais de respiração. Por mais de 40 minutos, equipes do Samu e bombeiros tentaram reanimar as vítimas sem sucesso.
