Foto: Polícia Penal
Os cães que serão integrados às operações da Polícia Penal passam por um processo criterioso de seleção, iniciando logo após o nascimento dos filhotes. A ênfase está no treinamento ético e apropriado para garantir que esses animais desempenhem suas funções com eficiência, mantendo um alto padrão de bem-estar animal.
“Logo após o nascimento, os filhotes começam a ser expostos a diferentes estímulos, como barulhos, dando início aos seus treinamentos”, explica a policial penal Barbara Nunes, do SOE de Piraquara. Esses treinamentos são diários e vão desde a obediência básica até um nível adequado para o início das atividades. É crucial que esses treinamentos sejam conduzidos de forma cuidadosa para evitar traumas nos animais.
Os cães da Polícia Penal do Paraná (PPPR) são divididos em três subgrupos: cães de faro, cães de proteção e cães de busca e captura de pessoas. Os cães de faro são responsáveis por encontrar entorpecentes, armas de fogo, munições e até celulares em diversas situações, como veículos que entram em estabelecimentos prisionais. Os cães de proteção atuam na segurança da equipe durante motins e crises, enquanto os cães de busca e captura são treinados para localizar e capturar fugitivos.
A maioria dos cães da PPPR são da raça pastor belga malinois, embora também haja agentes caninos de raças como pastor alemão e rottweiler. Esses animais são bem treinados e agem sob o comando de seus condutores, tanto dentro quanto fora das unidades penais.
Após a seleção dos cães, eles passam por um rigoroso treinamento, que inclui adaptação a diferentes ambientes e situações, socialização com outros animais e humanos, além da modelagem de comportamento por meio de reforços positivos ou negativos. O treinamento pode durar aproximadamente 14 meses para cães farejadores e 24 meses para cães de proteção.
Os cães Hassan e Casull foram os primeiros da PPPR a serem certificados após participarem de um teste de detecção de drogas e armas de fogo conduzido pelo 4º Batalhão de Polícia Militar. Ambos foram aprovados e receberam diplomas de certificação, mostrando o profissionalismo da Polícia Penal.
Quando chega o momento da aposentadoria, geralmente entre 8 e 9 anos de idade, é essencial respeitar a saúde e o bem-estar dos cães. Caso haja qualquer alteração que impeça o animal de continuar trabalhando, a aposentadoria é priorizada. Os condutores têm a oportunidade de adotar os cães aposentados, mantendo o vínculo de amor criado entre eles.