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Pesquisadores empregam inteligência artificial na seleção de medicamentos contra a Malária

Foto: Thinkstock

Pesquisadores das universidades Estadual de Campinas (Unicamp), de São Paulo (USP) e Federal de Goiás (UFG) empregaram inteligência artificial (IA) para identificar medicamentos previamente aprovados como potenciais tratamentos para a malária, um dos principais desafios de saúde pública em regiões tropicais e subtropicais, responsável por quase 250 milhões de casos anuais em todo o mundo. Carolina Horta Andrade, coordenadora do estudo e pesquisadora líder do Laboratório de Planejamento de Fármacos e Modelagem Molecular, enfatiza a urgência na identificação de novos fármacos diante da ausência de uma vacina eficaz para a doença.

O estudo, apoiado pela Fapesp, iniciou-se com uma análise do transcriptoma do parasita em diversas fases do ciclo de vida, seguida pela pesquisa individual desses genes no repositório Therapeutic Target Database. Os pesquisadores identificaram 300 compostos bioativos associados a 147 genes. Dois compostos foram selecionados e testados in vitro, demonstrando potente atividade contra cepas sensíveis à cloroquina e multirresistentes. No entanto, a eficácia e segurança desses fármacos precisam ser validadas em testes in vivo antes de avançarem para possíveis ensaios clínicos em seres humanos. O uso da IA proporciona avanços notáveis no in silico, mas é essencial lembrar a necessidade de verificações subsequentes em modelos animais e ensaios clínicos para validar novas moléculas farmacêuticas.

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