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Ao longo do ano de 2023, as retiradas de recursos das cadernetas de poupança excederam os depósitos em R$ 87,8 bilhões, conforme divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (8). Apesar do aumento nas retiradas em 2023, esse montante foi inferior ao registrado no ano anterior, quando mais de R$ 100 bilhões foram retirados dessa modalidade de investimento.
A evasão de recursos da poupança ocorreu em um cenário de juros e endividamento ainda relativamente elevados no país. Segundo o Banco Central, em 2023, os depósitos totalizaram R$ 3,82 trilhões, enquanto as retiradas alcançaram R$ 3,91 trilhões. Com essa movimentação, o estoque total de valores depositados na poupança diminuiu para R$ 983 bilhões, em comparação aos R$ 999 bilhões registrados em dezembro de 2022.
A introdução do programa “Desenrola” pelo governo federal em julho de 2023 teve como objetivo a renegociação de dívidas da população, permanecendo válido até março deste ano. Até o início de dezembro do ano passado, o programa possibilitou a renegociação de R$ 29 bilhões em dívidas de 10,7 milhões de pessoas.
No que se refere ao rendimento, a caderneta de poupança continua com um retorno limitado. O cenário de queda da taxa Selic torna outras aplicações em renda fixa mais atrativas, como investimentos no Tesouro Direto, CDBs e CDIs, que têm demonstrado melhor desempenho. A tendência é de que os investimentos em renda variável se tornem mais atrativos com a redução da Selic, sendo o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrando o ano de 2023 com um ganho de mais de 22%, o melhor resultado desde 2019. Este desempenho positivo foi influenciado pelas condições externas e pelas incertezas globais, tornando a bolsa brasileira atrativa para investidores estrangeiros.