Foto: Divulgação/Polícia Civil
Raimundo Soares teve uma surpresa inesperada ao visitar a casa que havia comprado para sua filha em Palmas: ao realizar a limpeza do quintal, encontrou quase R$ 60 mil enterrados dentro de um pote de sorvete. Demonstrando sua integridade, o aposentado decidiu acionar as autoridades e entregou todo o montante à delegacia local, que agora está investigando o incidente.
Ao relatar sua decisão, Raimundo enfatizou sua convicção na honestidade, afirmando: “O dinheiro não é meu… Não importa a quantia, não me pertence. Eu não poderia guardar o que não era meu. É o correto e o que veio à minha mente, pedi orientação de Deus e liguei para a polícia para investigar o caso, se acharem necessário”.
O advogado de Raimundo explicou que ele descobriu o dinheiro enquanto removia o lixo do quintal e notou um saco parcialmente enterrado. Ao investigar, encontrou o pote de sorvete contendo as notas de R$ 100 e R$ 50, meticulosamente organizadas. A polícia agora está conduzindo uma perícia sobre a legalidade do dinheiro e tentando determinar sua origem e propriedade.
Caso o proprietário não seja identificado, é provável que o dinheiro seja destinado a alguma instituição por decisão do Poder Judiciário. Uma equipe da Polícia Federal também inspecionou a propriedade em busca de mais valores, mas nada foi encontrado até o momento.
Embora popularmente se diga “achado não é roubado”, de acordo com o Código Penal Brasileiro, a apropriação de bens perdidos ou esquecidos pelo dono sem tentar devolvê-los é considerada crime de apropriação de coisa achada. Isso inclui tesouros encontrados em propriedades alheias, como foi o caso de Raimundo. A pena para esse tipo de crime pode chegar a um ano de prisão, além de multa.
O gesto de Raimundo em entregar o dinheiro à polícia exemplifica a integridade e a honestidade que devem ser valorizadas na sociedade.
